
A ‘Operação Sequaz’, da Polícia Federal, que desvendou o plano da maior organização criminosa do país, o PCC, contra a vida do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades, foi autorizada pela juíza Gabriela Hardt. Durante o trabalho, nove suspeitos foram presos.
Em 2018, Hardt substituiu o ex-juiz na Operação Lava Jato, quando ele pediu exoneração para assumir, em 2019, o Ministério da Justiça e Segurança do governo Bolsonaro.
Durante a Lava Jato, foi a juíza quem assinou a sentença do presidente Lula (PT) sobre a ação do sítio de Atibaia (SP). Além disso, Gabriela chegou a ser acusada de plagiar uma resolução de Moro sobre o suposto apartamento do Guarujá, mas justificou que a melhor medida seria usar decisões de colegas como base em processos similares. Agora, a magistrada assina os mandados de busca e apreensão cumpridos na Operação Sequaz. Hardt passou a liderar o caso, que corre na 9ª Vara Criminal de Curitiba, após a magistrada titular sair de férias.
Diante do anúncio sobre a possível investida da quadrilha contra Moro, a extrema direita e outros setores políticos próximos do senador paranaense iniciaram uma série de afirmações sobre a participação de Lula no plano, com base na teoria de ligação entre o PT e facções do tráfico de drogas.
Além disso, os parlamentares lembraram a declaração do Chefe do Executivo, dada um dia antes, de que na época em que esteve preso ele só queria “foder o Moro”. Em resposta, o ex-juiz disse que sua vida estaria ameaçada.
Nesta quinta-feira (23), após a cerimônia em uma base da Marinha do Brasil, junto a autoridades dos três poderes e de militares, Lula afirmou que a tal ameaça de morte do crime organizado ao senador foi “visivelmente armada“.
“Eu acho que é mais uma armação do Moro… Mas eu vou ser cauteloso, eu vou descobrir o que aconteceu… É visível que é uma armação do Moro… Mas eu vou pesquisar, eu saber o porquê da sentença, até porque a juíza nem estava em atividade quando deu o parecer pra ele… Mas isso a gente vai esperar, eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas… Eu acho que é mais uma armação e se for uma armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda, sabe? E eu não sei o que ele vai fazer da vida se ele continuar mentindo do jeito que tá mentindo”, declarou Lula.
Dessa forma, o presidente levanta a suspeita de que a operação tenha sido uma armação por conta da autorização da magistrada, que mantém ligações com o ex-juiz. Até o momento, não há confirmações sobre a possibilidade, mas investigações serão feitas a favor de eluciadar o caso.
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