A Executiva Nacional do União Brasil se reunirá nesta quarta-feira, 13, na sede do partido em Brasília, para deliberar sobre o afastamento do presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE), em meio à disputa pelo comando entre ele e o presidente eleito, Antonio Rueda. A disputa adquiriu novas complexidades com os recentes incêndios em duas residências da família Rueda, localizadas em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco.
O União Brasil, um dos principais partidos do país, possui a terceira maior bancada na Câmara, com 59 deputados, uma parcela significativa do Fundo Partidário e também três ministros no governo: Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).
A crise na sigla envolve os R$ 517 milhões que o partido tem de fundo partidário em 2024. O controle do montante fez com que Bivar tentasse se manter na presidência da sigla, sendo que Rueda já foi eleito novo presidente, a assumir o cargo em 1º de junho.
O embate entre Bivar e Rueda intensificou-se com os Rueda alegando que os incêndios foram um “atentado motivado por questões político-partidárias”, apontando Bivar como o principal suspeito. Segundo Paulo Catta Preta, advogado de Rueda, desde 26 de fevereiro têm ocorrido ameaças por parte de Bivar contra Antonio Rueda. A denúncia, anterior aos incêndios, foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao envolvimento de parlamentares, mas ainda não foi analisada.
Deputados do União Brasil temem que a disputa entre Rueda e Bivar, que antes mantinham uma relação próxima, termine em violência. Rueda contratou seguranças após os incêndios nas residências de sua família, enquanto Bivar nega relação com o episódio e acusa a mulher de Rueda de roubar dólares de um cofre mantido nos Estados Unidos.
Veja, abaixo, o print. “Recebi uma mensagem da mulher de Rueda ameaçando minha família, o que denunciei à polícia. Desde há muito, assaltou meu cofre nos Estados Unidos, cujo segredo entreguei em confiança para tirar poucos trocados para comprar uma joia.” Essas informações foram divulgadas pelo colunista Paulo Capelli do site Metrópoles.
Antes da ruptura, Bivar e Rueda tinham uma relação quase familiar, frequentando as casas um do outro em Pernambuco. Porém, a disputa levou a acusações mútuas e a uma relação conturbada. A interlocutores Bivar dizia tratar Rueda como um “filho”. Ele, por sua vez, afirmava que o então aliado era um “lorde incapaz de fazer mal a alguém”.
Rueda, mais ativo nas atividades do União Brasil, representava Bivar rotineiramente, mas interlocutores de Bivar afirmam que para ele, o partido era sua vida.
Ronaldo Caiado
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reforçou a ofensiva contra Bivar. Ele classificou os incêndios nas casas da família Rueda de “crime político” e um “atentado contra o União Brasil”. “Fato inaceitável e que não ficará impune”, ressaltou. Disse ainda que o partido fará uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o caso seja investigado. “Também será pedida a cassação do mandato do deputado federal Luciano Bivar”, diz a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação.
Fonte jornalopcao
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