Três pessoas que estudam medicina no exterior foram presas por falsificarem documentos na tentativa de continuar no curso em uma faculdade brasileira, em Barreiras, no Oeste da Bahia. A formação em outro país só é válida em território nacional após a aprovação no Revalida. Além do trio, outro estudante foi preso em Goiás.
Os alunos relataram ter pago de R$ 20 mil a R$ 150 mil pelos documentos. Os papeis, entretanto, foram fraudados, com timbres de faculdades/universidades nacionais, na intenção de dizer que os estudantes faziam medicina no Brasil, e não no exterior. Em um dos casos, um dos suspeitos cursou o segundo semestre e foi imediatamente para o quinto semestre com o uso de documentos fraudados. Nesse avanço de semestre, os estudantes passavam a atender os pacientes, colocando em risco a saúde dos que procuravam atendimento.
As prisões fazem parte da Operação Hipócrates, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia em parceria com os estados de Goiás, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Tocantins, Piauí e Rio Grande do Norte na quinta-feira (17/2), e que tem pelo menos 15 alvos. A suspeita é de que se trate de um esquema criminoso que conta com pessoas em solo estrangeiro que prometem aos estudantes, especialmente de de medicina, formas de concluir o curso no Brasil.
Os documentos fraudados foram entregues a Unifasb, onde os estudantes começaram a cursar o semestre, sendo interrompidos após a investigação da 11ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras). A investigação contou com o apoio da direção da faculdade.
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