Uma pesquisa concluiu que uma em cada quatro crianças e adolescentes está com colesterol alto, no Brasil. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisou estudos com dados de 117 mil voluntários de 2 a 19 anos em todas as regiões no país.
O estudo mostra que 19% têm o LDL, o chamado “colesterol ruim”, acima de 130, máximo recomendado para essa faixa etária, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. E o pior: quase 30% apresentam colesterol total fora do limite, que é de 170. As regiões com maior taxa são o Nordeste, Sul e Sudeste.
O colesterol alto quase não apresenta sintomas nas crianças e nos adolescentes, segundo os médicos. A maior preocupação é que o acúmulo de gorduras no sangue e nas artérias do coração leve a doenças graves na vida adulta – como infarto e derrame cerebral -, que podem matar ou deixar sequelas. Por isso, os cardiologistas recomendam que o acompanhamento comece o mais cedo possível.
Especialistas indicam que o ideal é fazer exames a partir dos 10 anos. Se o resultado sair do padrão, a família deve rever alguns hábitos.
Riscos
O colesterol alto pode trazer riscos à saúde e doença, como:
● aterosclerose: obstrução do fluxo sanguíneo em diferentes artérias;
● doença arterial coronariana: fechamento das artérias que levam sangue ao coração;
● pressão alta: as placas de gordura reduzem o calibre dos vasos e faz aumentar a pressão nas artérias;
● infarto: pode surgir pela ausência de sangue nos vasos sanguíneos devido à obstrução causada pelo acúmulo de gordura;
● insuficiência cardíaca: surge quando o suprimento de sangue para o coração é prejudicado;
● derrame cerebral (AVC):quando há obstrução de um vaso sanguíneo que irriga o cérebro.
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