Floricelma Ferreira, de 65 anos, mãe de uma cabeleireira de 35 anos, que fez uma denúncia contra um vigilante do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC II) por importunação sexual, em Feira de Santana, desmentiu as acusações da filha, na quarta-feira (30). O caso aconteceu na segunda-feira (28).
Floricelma disse que resolveu ir a até a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e desmentir a própria filha, por que a mesma não gosta de injustiça. “Eu não poderia ficar calada diante desse absurdo, ver que uma pessoa inocente seria penalizada e ter praticamente sua vida acabada ou destruída. Então, resolvi vir até aqui e consertar”, explicou a idosa. Ferreira continua
“Ela já está acostumada a fazer isso, já agrediu uma funcionária de um posto de saúde, já agrediu o pai de um menino e nesse dia precisaram de cinco policiais para imobilizar ela. Outro dia, ela disse uma vez que um vizinho assediou ela, sendo que o rapaz mal abre a boca”. Ela sofre de transtornos mentais e é aposentada por conta disso, pois ela tem mania de inventar esses tipos de histórias”, afirmou a idosa.
A delegada Clecia Vasconcelos, responsável pela DEAM, disse que por não existir indícios suficientes de autoria e materialidade para gerar uma aproximação entre o vigilante e a prática do fato punível, ele não será indiciado. Clecia Vasconcelos, esclareceu o que aconteceu: diante desse caso específico: “A delegada plantonista não entendeu ser um caso de flagrante, e precisou de mais elementos, onde fomos buscar filmagens dos locais, testemunhas e saber um pouco da vida desta jovem. Colhemos depoimentos da mãe, e de outros familiares, além de vizinhos, e também pelas filmagens em si, e apesar do relato dela de que a parte que ela teria sido ofendida e importunada não teria sido capturada pelas câmeras, mas o conjunto de indícios nos leva a crer que houve uma desinformação”, frisou a delegada.
Vasconcelos afirmou também que no primeiro momento a suposta vítima foi conduzida a delegacia sob acusação de desacato, porém, ela relatou outra situação. “Esta suposta vítima foi conduzida para a Central de Flagrantes sob a conduta de desacato. Sendo que, lá ela relatou outra situação que a delegada vislumbrou uma importunação sexual, acertadamente, de acordo com o relato dela”. “Após o relato da suposta vítima, foram conduzidos o homem e a ela para a Deam, porque em crimes sexuais a atribuição é desta delegacia especializada. E é assim que nós policiais civis trabalhamos, qualquer cidadão que chega à delegacia trazendo a notícia de um fato criminoso, acolhemos o relato e investigamos. É a partir desta investigação que nós podemos finalizar o inquérito indicando ou não e nesse caso, após as provas, de não existir nenhum indício sufi ciente, ele não será indiciado”, frisou Clecia Vasconcelos.
Sindicato dos Vigilantes
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Feira de Santana, Juraci Mendes, informou que após a denúncia foram colhidas imagens, e as imagens, desmentem a versão da mulher. “Já temos informação que a suposta vítima já fez isso outras vezes.
Várias pessoas, presentes no momento da confusão, testemunharam a favor do vigilante. Ele classificou o profissional como uma pessoa “calma e tranquila”, disse Juraci.
Vereador defende vigilante
Na segunda-feira, que ocorreu o fato, onde o vigilante e a suposta vítima foram para DEAM, onde o vigilante iria ser autuado em flagrante pelo crime de importunação sexual, o vereador
Emerson Minho, saiu em defesa do vigilante, chegou até a discursar na câmara defendendo o profissional, informando que o mesmo tinha 16 anos, que trabalha no SAC e nunca houve nenhum problema envolvendo o mesmo com nada de errado. “Eu estou fazendo essa defesa do vigilante porque antes procurei saber do ocorrido, acompanhei de perto na DEAM, não só eu como funcionários do SAC II, dentre eles, coordenadores de setores, onde não se tinha nada que provasse o que a mulher (cabeleireira) tinha dito, checamos as imagens das câmeras e nada. Então, não poderia deixar um pai de família fosse preso, fosse para o presidio, porque uma mulher alegou que sofreu importunação sexual e não apresentou provas nenhuma. O vigilante lá preocupado, o que iria falar com o filho, esposa e a mãe, caso fosse para o presídio. Por isso que fui na tribuna da câmara e defendi o profissional. Hoje, graças a Deus, ficou comprovado que a suposta vítima tem problemas”, finalizou o vereador.
Entenda o caso
A cabeleireira de 35 anos e um vigilante do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SACII), localizado nas proximidades do terminal rodoviário de Feira de Santana, foram parar na delegacia após uma confusão no local, na última segunda-feira (28). A mulher deu um tapa no rosto do vigilante após perder a paciência porque segundo ela, o vigilante teria chamado ela de “gostosa” e feito gestos obscenos. Ele foi acusado de importunação sexual pela cabeleireira e as investigações ficaram a cargo da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Feira de Santana).
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