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O presidente Lula confirmou a iniciativa do Governo Federal em lançar um programa de acesso ao crédito consignado para trabalhadores do setor privado, o famoso CLT (Consolidação das Leis do Trabalho.
O projeto deve ser enviado ao Congresso Nacional no começo de março e visa criar uma plataforma virtual que permitirá aos bancos oferecerem empréstimos consignados diretamente aos funcionários com carteira assinada, sem a necessidade de convênios entre empresas e instituições financeiras.
A nova plataforma será integrada ao eSocial, sistema que já reúne informações trabalhistas e previdenciárias de empregadores e empregados. Isso permitirá que os bancos acessem o perfil de crédito dos trabalhadores, facilitando a análise e a concessão de empréstimos com taxas de juros mais baixas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da medida, afirmando que “vai ser o maior programa de crédito da história desse país”. A expectativa é que a oferta de crédito para trabalhadores CLT triplique, passando dos atuais R$ 40 bilhões para cerca de R$ 120 bilhões.
Entre os principais pontos do projeto, destacam-se:
• Acesso universal: Todos os 42 milhões de trabalhadores com carteira assinada poderão solicitar o crédito, independentemente do porte da empresa.
• Limite de comprometimento: O desconto máximo no salário continuará sendo de 30%.
• Garantias mantidas: Em caso de demissão, o trabalhador poderá usar 10% do saldo do FGTS e a totalidade da multa rescisória para quitar o empréstimo.
• Comparação de ofertas: A plataforma permitirá que os trabalhadores comparem as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a medida visa democratizar o acesso ao crédito, beneficiando especialmente funcionários de pequenas empresas e trabalhadores domésticos, que atualmente enfrentam dificuldades para obter empréstimos consignados.
Embora o governo esteja otimista com a proposta, alguns desafios ainda precisam ser superados, como a definição das taxas de juros e a aprovação do projeto no Congresso Nacional.
Se aprovado, será um grande alívio para os trabalhadores brasileiros. Hoje, quanto menor a renda, maior o juro que o brasileiro paga.
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