Era o confronto mais aguardado das quartas de final. França e Inglaterra, duas das seleções que melhor jogaram na Copa do Mundo, mediram forças em busca de vaga na semifinal. E deram ao público exatamente o que se esperava: duelo intenso, forte, aberto e divertido. No final, vitória dos atuais campeões do mundo. O 2 a 1 francês teve gol de centroavante, pênalti perdido e emoção até os instantes derradeiros. No caminho do tri para Mbappé e companheiros, o próximo adversário é Marrocos, em partida marcada para quarta-feira.
A especulação de que a Inglaterra mudaria o time para conter o ataque francês não se confirmou. Southgate foi para o jogo com o mesmo 4-3-3 das partidas anteriores, com pontas, centroavante e três no meio-campo. Aceitou o confronto Mbappé x Walker e apostou na manutenção do sistema. A França também repetiu time. Por isso, a expectativa pelo confronto mais aguardado da quartas ficou lá em cima.
E os dois entregaram exatamente o que o povo queria. Desde o minuto inicial, franceses e ingleses fizeram uma partida de doação total, altíssima intensidade e bastante qualidade.
A França começou atacando. Aos nove, Giroud executou a primeira conclusão, cabeceando um cruzamento da direita mas nas mãos de Pickford. O goleiro inglês, porém, não alcançou o chute de Tchouameni. Aos 15, o volante do Real Madrid foi o último a receber a bola que passou por quatro jogadores. De fora da área, arriscou e abriu o placar.
Depois, lance, no mínimo, polêmico. Kane foi derrubado por Upamecano quase sobre a risca da área, pela lateral. O árbitro Wilton Pereira Sampaio nada marcou. O lance foi revisado e a conclusão foi de que ocorreu fora da área.
A Inglaterra, então, assumiu o protagonismo da partida. Vinha deles a iniciativa ofensiva, enquanto a França se retraía e esperava o contragolpe definitivo. Mas nem os ingleses conseguiram vencer Lloris e nem os franceses acharam Mbappé com espaço.
A segunda etapa começou em rotação ainda mais alta. Especialmente por parte dos campeões de 1966. E mais ainda de Harry Kane. Logo nos minutos iniciais, ele arriscou de fora da área, a bola deu uma pequena desviada e o goleiro francês fez grande defesa. Logo depois, Bellingham também obrigou Lloris a fazer milagre.
Aos oito, não teve milagre, não teve nada. Saka entrou na área e foi derrubado por Tchouameni. Pênalti. Kane foi calmo, preciso e firme. Uma paulada, seca, cruzada, sem chance para seu companheiro de Tottenham: 1 a 1.
O empate foi a senha para ligar o modo futebol-total. No minuto seguinte, Rabiot quase botou a França na frente, Pickford defendeu. Depois foi a Inglaterra que cresceu. Quase virou o placar quando Maguire ganhou disputa pelo ar, mas o cabeceio raspou a trave. Depois, Saka chegou batendo cruzamento da direita, para fora (lance foi interrompido por falta).
O gol inglês parecia questão de tempo, mas foram os franceses que chegaram lá. Aos 31, o ensaio: cruzamento na área e Giroud concluiu com pé. Milagre de Pickford. Aos 33, Griezmann levantou de novo e desta vez o centroavante não perdeu: 2 a 1.
A Inglaterra não se rendeu. E, aos 39, teve a chance de ouro. Theo Hernández derrubou Mount. Na hora, Wilton Sampaio não marcou nada. Mas, acionado pelo VAR, reviu o lance e deu pênalti. Kane se apresentou para a cobrança. E isolou.
O desperdício foi fundamental para a resistência francesa. Os ingleses não desistiram e se atiraram. Mas não havia mais força, nem espaço. Mbappé e cia estão vivos na busca pelo tri.
Fonte: GZH
Discussão sobre post