Acusado de fazer parte do grupo responsável pela adulteração de cartões de vacinação, o ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros foi chamado de “segundo irmão” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O áudio foi enviado pelo ex-mandatário para o militar pouco tempo antes do início das eleições de 2022.
“Ailton, você sabe, você é um velho colega meu, paraquedista. Tu é meu segundo irmão, né? Primeiro é o Hélio Negão, depois é você. Tu sabes o carinho que tenho contigo, da nossa amizade. Eu nem posso declarar meu voto, né? Mas você é um cara que eu gostaria muito que tivesse sucesso aí no Rio, tá ok?”, afirmou o ex-mandatário, na gravação divulgada pelo jornal Extra.
A Polícia Federal realizou a prisão do ex-major Ailton Barros, na última quarta-feira (3), durante a operação contra a alteração de cartões de vacina contra a Covid-19. Além dele, outras cinco pessoas foram presas pelos agentes da PF, que também realizaram uma operação de busca e apreensão na residência de Bolsonaro.
Barros não possui um histórico favorável na Justiça Militar, já que ele é réu em 13 processos, relacionados a crimes como: tentativa de abuso sexual, violência contra militares e atropelamento. O ex-major também foi expulso do Exército em 2008, mesmo assim sua esposa ainda recebe uma pensão de R$ 22,8 mil.
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