Montagem: Informe Baiano
O Avante, partido comandado na Bahia pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto e que faz parte da base de apoio ao Governo, elegeu 60 prefeitos no pleito desse ano. Porém, isso não significa um compromisso e um alinhamento automático com Jerônimo Rodrigues (PT), que deverá disputar a reeleição em 2026.
Levantamento feito pelo Informe Baiano, nesta quarta-feira (09/10), revela que pelo 15 eleitos são diretamente ligados ao grupo liderado por ACM Neto (União Brasil). Além disso, outros seis ostentam um posicionamento independente. Por outro lado, 39 são ligados ao grupo liderado pelo PT.
Dois exemplos são os prefeitos eleito e reeleito das cidades de Brumado e Guanambi, Fabrício Abrantes e Nal Azevedo, respectivamente. Eles travaram e venceram duelos contra o PT em seus respectivos municípios. Fabrício e Nal já foram filiados ao União Brasil e seguiram para o lado governista com o objetivo primordial de conseguir uma relação harmoniosa, sem interferências no pleito municipal. Porém, o governador foi para o ‘front’, apoiando outros candidatos, o que culminou em uma relação futura de muita dificuldade. Os dois continuam ligados aos deputados Zé Rocha (UB) e Arthur Maia (UB).
Nas cidades pequenas também não faltam exemplos, como é o caso de Itororó, onde o futuro prefeito Dr. Adauto é ligado ao prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge, aliado histórico de Neto. Vale lembrar ainda Angical, onde o prefeito de Luis Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP Azul), saiu vitorioso com sua candidata, Kinha. O mesmo aconteceu em diversos outros municípios. Todos o governador utilizou a força política e a máquina, mas acabou derrotado.
A avaliação nos bastidores da política é que a eleição de 2026 mudou totalmente com os resultados municipais desse ano. O Avante é apenas um retrato que mostra que nem tudo é como aparenta. O PT e o Governo vão ter dificuldade para ‘dengar’ alguns políticos. A pergunta que fica é: como vão se comportar os prefeitos eleitos que ganharam do governador?
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