Os 51 dias de fuga dos detentos de Mossoró contaram com apoio da rede criminosa montada pelo Comando Vermelho. A facção criminosa forneceu chips e pelo menos oito celulares a Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, numa tentativa de dificultar o rastreamento feito pela Polícia Federal.
Apesar da mini “central telefônica”, a polícia conseguiu identificar esses contatos e estabelecer o perímetro em que os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, poderiam estar. Mesmo enfrentando adversidades, como a instabilidade das torres telefônicas na região do Agreste do RN, os policiais conseguiram encontrar a localização deles. No momento que foram abordados pelas polícias Federal e Rodoviária Federal (PRF), em Marabá (PA), a dupla portava oito aparelhos telefônicos.
Ao fornecerem apoio logístico, escolta, armas e dinheiro aos fugitivos, os líderes do Comando Vernelho destacaram que “quem está com eles não será abandonado”. Os dois presos foram recapturados nessa quinta-feira (4) a 1.600 km do presídio de onde fugiram em 14 de fevereiro. Rogério e Deibson escaparam após furarem um buraco na cela.
De volta ao presídio – Depois da fuga inédita, a polícia transferiu dezenas de presos da prisão de Mossoró, entre eles, Fernandinho Beira Mar, uma das principais lideranças do Comando Vermelho. A localização dos dois fugitivos ocorreu na cidade de Marabá, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF.
Os fugitivos foram conduzidos à delegacia de Polícia Federal em Marabá e transferidos, na madrugada desta sexta (5), para a Penitenciária Federal de Mossoró. Os demais acabaram encaminhados ao sistema prisional do Pará.
“A unidade de Mossoró está totalmente reformulada, no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Eles ficarão separados e haverá vistorias diárias”, destacou, nessa quinta, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante coletiva de imprensa.
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