A CBF pagou R$ 745 mil de indenização e ajuda de custo para Joyce Moreira, ex-assessora pessoal do presidente Ednaldo Rodrigues. Ela ficou 7 meses no cargo e tinha um salário duas vezes maior que o da única diretora mulher da entidade. As informações são do Uol.
De acordo com a reportagem, o acordo foi assinado em 1º de novembro de 2023, pouco antes de Ednaldo ser afastado da presidência pela Justiça. Ele recuperou o cargo neste ano, após conseguir uma liminar do STF. A CBF nega irregularidades no caso.
Joyce trabalhou na CBF de 10 de março de 2023 a 1º de novembro de 2023, segundo diz o acordo assinado. Sua última função foi de assessora especial administrativa e técnica da presidência, com salário de R$ 60.627,00.
A remuneração é o dobro do que ganhava Luísa Rosa, que tinha um cargo de diretora de patrimônio e infraestrutura e era a única mulher com cargo de chefia na CBF — ela foi demitida em maio de 2023 e briga com a entidade na Justiça.
O acordo determinou pagamento de R$ 545 mil de indenização rescisória mais R$ 200 mil em ajuda de custo, além de manutenção do plano de saúde empresarial por 6 meses. E Joyce fez acordo de sigilo para não revelar nada sobre a CBF.
Segundo o documento, a ex-secretária se comprometeu a “não transmitir, direta ou indiretamente, a quem quer que seja, quaisquer informações privilegiadas ou confidenciais obtidas em decorrência do contrato de trabalho extinto, mantendo sigilo absoluto quanto a tais conhecimentos, por qualquer meio e a qualquer tempo, a qualquer pessoa, sob pena de responsabilização civil e penal”.
A CBF se manifestou, por meio de nota, e informou que “os valores pagos à ex-colaboradora no acordo trabalhista são de duas naturezas: uma reparatória, com o objetivo de custear as despesas de retorno de Joyce a Portugal; e uma indenizatória, como retribuição e bonificação pelo seu elevado desempenho no período em que esteve na entidade”.
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