O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), manifestou publicamente o desejo de ter o senador Ângelo Coronel (PSD) como aliado para as eleições de 2026. “Já caminhamos juntos no passado. Quem sabe no futuro possamos caminhar juntos também”, disse o gestor em coletiva de imprensa durante a reinauguração de uma escola no bairro do Pau Miúdo, nesta quinta-feira (31).
Bruno lembrou que foi contemporâneo de Coronel na Assembleia Legislativa, e articulou em favor da candidatura do atual senador à presidência da Casa. “Tenho uma amizade histórica com Coronel, principalmente nos tempos em que éramos deputados. Fui um dos principais articuladores para que ele assumisse a presidência da Assembleia naquele momento, o que acabou levando ele ao Senado. Sei que as portas estão abertas para ambos os lados, para que possamos dialogar”, pontuou.
As declarações do chefe do Palácio de Ondina foram dadas após questionamentos da imprensa sobre a possibilidade de Coronel concorrer à reeleição em 2026 pela oposição, na chapa que deve ser liderada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). A hipótese é cogitada até mesmo por aliados do senador que integram a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Isso porque o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), tem sinalizado o desejo de concorrer ao Senado em 2026. Como são apenas duas vagas para a Alta Casa do Congresso na chapa, e a outra já é assegurada ao senador Jaques Wagner (PT), postulante à reeleição, Coronel pode ficar de fora ou ser “deslocado” para a vice de Jerônimo, posto para o qual já descartou interesse.
O senador do PSD tem assegurado, no entanto, que será candidato mesmo de forma avulsa. Para fazê-lo, precisará convencer o presidente da sigla, o também senador Otto Alencar, a comprar essa briga com Jerônimo, com Wagner e com Rui. A outra alternativa seria migrar para o União Brasil ou outro partido da oposição para concorrer.
Bruno Reis revelou hoje que vai se reunir com Coronel na semana que vem, em Brasília, para tratar da destinação de recursos federais para Salvador. O senador é o relator do Orçamento Geral da União (OGU) para 2024.
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