Bolsonaro ataca Petrobras e mente sobre economia do Brasil no encontro do G20

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está em Roma, na Itália, para participar do encontro do G20. Esta reunião é uma boa oportunidade para que líderes mantenham contato pessoal para tratar problemas globais e resolver arestas. Mas Bolsonaro resolveu mentir sobre a situação do Brasil e ainda criticar a Petrobras e a imprensa. As informações são do Portal UOL.

A reportagem teve acesso a uma antessala do local onde ocorria uma conversa entre Bolsonaro e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Ergodan. Ao lado dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Carlos França (Relações Exteriores), ele contou aos demais líderes que tinha amplo apoio popular e que a economia estava crescendo. Sem ser perguntado, criticou a imprensa e atacou a Petrobras.

Atualmente, a retomada da economia brasileira é uma das piores entre os países do G20 e a popularidade de Bolsonaro atingiu seu nível mais baixo, em setembro. Segundo o Datafolha, a reprovação foi de 53%. O país ainda deve registrar o menor crescimento em 2022 entre os membros do G20, segundo o FMI.

Confira a transcrição da conversa entre Bolsonaro e o presidente turco

Erdogan – Como está a situação atual hoje no Brasil, senhor presidente?

Bolsonaro – Tudo bem. A economia voltando bem forte. A mídia como sempre atacando, estamos resistindo bem. Não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo.

Erdogan – O Brasil tem grandes recursos petrolíferos.

Bolsonaro – Tem, tem.

Erdogan – Petrobras.

Bolsonaro – Petrobras é um problema. Mas estamos quebrando monopólios, com uma reação muito grande. Há pouco tempo era uma empresa de partido político. Mudamos isso.

Erdogan – E quando é a eleição?

Bolsonaro – Daqui a 11 meses.

Erdogan – Significa que o senhor tem bastante coisa ainda para fazer.

Bolsonaro – Eu estou bem. Também tenho um apoio popular muito grande. Temos uma boa equipe de ministros. Não aceitei indicação de ninguém. Foi eu que botei todo mundo. Prestigiei as Forças Armadas. Um terço dos ministros [é de] militares profissionais. Não é fácil. Fazer as coisas certas é mais difícil.