
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (14), para se manifestar pela primeira vez, desde que foi submetido a uma cirurgia de desobstrução intestinal, no último domingo (13). No comunicado, ele afirmou que seu estado de saúde é estável, mas que a recuperação exigirá cuidados intensivos e será feita de forma gradual.
“Essa foi a sexta cirurgia relacionada ao atentado que sofri em 2018, e já é a nova vez que preciso ser internado por complicações decorrentes daquele episódio”, escreveu Bolsonaro. Ele também agradeceu o apoio que vem recebendo e concluiu: “Um forte abraço em cada um e repito: voltaremos!”.
O ex-presidente permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. A equipe médica informou que ele foi submetido a uma laparotomia exploradora, procedimento que durou cerca de 12 horas.
Em entrevista coletiva, os médicos que acompanham Bolsonaro afirmaram que o procedimento foi um dos mais complexos desde a facada sofrida em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).
“Foi uma cirurgia extremamente complexa e complicada. Tinha muita aderência [intestinal] pelas complicações desde o período inicial de 2018”, explicou o cardiologista Leandro Echenique. Segundo ele, o ex-presidente estava acordado, consciente e conversando nesta manhã.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a informar, no início da madrugada, que o ex-presidente havia ido para um quarto. No entanto, Echenique esclareceu que ela se referia à saída do centro cirúrgico para a UTI. “Não vamos tirá-lo [da UTI] enquanto não estiver bastante recuperado”, declarou o médico.
Equipe médica monitora riscos de novas aderências
Os médicos destacaram que as primeiras 48 horas após a operação são consideradas críticas. De acordo com Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, há possibilidade de surgimento de novas aderências abdominais, uma situação comum em pacientes que passaram por cirurgias na cavidade abdominal.
“Todo paciente submetido a cirurgias abdominais tem aderências. São assintomáticas e não causam nenhum problema”, explicou Birolini. Em caso de complicações, a equipe avaliará a necessidade de nova intervenção.
Durante o período de recuperação, Bolsonaro deve evitar falar e será submetido a sessões de fisioterapia. As visitas estão autorizadas, mas os médicos pediram que sejam reduzidas ao mínimo necessário.
Pós-operatório difícil
A recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a cirurgia intestinal realizada no domingo (13) será longa e cuidadosa. De acordo com informações da equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, não há previsão de alta hospitalar nem de saída da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A atualização sobre o estado de saúde foi dada em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (14).
“Vai ser um pós-operatório muito prolongado. Não há previsão de alta nesta semana”, declarou o cardiologista Leandro Echenique.
“Não temos grande expectativas de uma evolução rápida”, completou Cláudio Birolini, cirurgião-geral.
Michelle Bolsonaro agradece equipe médica nas redes sociais
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) utilizou as redes sociais para informar sobre o estado do marido. No fim da noite de domingo, ela publicou uma foto e escreveu: “Meu amor já está no quarto”, em referência à saída do centro cirúrgico.
No entanto, os médicos afirmaram, nesta segunda-feira, que Bolsonaro ainda permanece na UTI. Michelle também divulgou uma imagem da equipe médica responsável pela operação, acompanhada de uma mensagem de gratidão.
“Nossos anjos aqui na Terra! Por 12 horas, Deus usou as mãos dessa equipe maravilhosa para cuidar do meu amor. Minha eterna gratidão a essa equipe médica extraordinária que, com precisão, competência e humanidade, conduziu as 12 horas de cirurgia do nosso capitão. O cuidado de vocês fez toda diferença. Obrigada!”, escreveu.
Histórico de complicações
A cirurgia de domingo foi a sétima à qual Bolsonaro foi submetido desde o atentado a faca durante a campanha presidencial de 2018. Na ocasião, ele sofreu perfurações graves no intestino, o que desencadeou uma série de intervenções ao longo dos anos.
As aderências intestinais, que motivaram a nova cirurgia, são formações de tecido fibroso que podem surgir entre as alças do intestino ou entre o órgão e outras estruturas abdominais. Esse tipo de complicação geralmente ocorre como resposta a processos de cicatrização, infecções ou traumas anteriores.
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