Uma audiência pública discutiu os impactos socioambientais causados pela implementação de empreendimentos para a exploração de energia eólica, solar e hídrica nesta quarta-feira (20), em Senhor do Bonfim. Estiveram presentes na audiência o promotor de Justiça de Senhor do Bonfim, Igor Miranda, a promotora de Justiça substituta da Ambiental Regional Jacobina, Luciana Khoury, e representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública. A audiência foi realizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT – BA), com apoio da Associação de Advogados dos Trabalhadores Rurais (AATR) e do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa).
No evento, realizado no Centro Diocesano de Senhor do Bonfim, foram apresentados casos concretos dos impactos causados pela implementação dos empreendimentos para exploração de energias renováveis e suas consequências para as comunidades tradicionais no oeste baiano, como a de pesca e fundo de pasto. Para Luciana Khoury, a seriedade das instituições presentes vai garantir que os impactos sejam avaliados. “A iniciativa foi de muita relevância porque agregou entidades comprometidas, sérias e atuantes nas questões socioambientais para uma avaliação robusta sobre os impactos socioambientais permitindo um diagnóstico da situação”, ressaltou.
Já o promotor Igor Miranda ressaltou a importância de se manter um diálogo entre os órgãos envolvidos e as comunidades tradicionais e garantiu que os casos apresentados serão averiguados. “A audiência pública foi de extrema importância para que a voz das comunidades tradicionais fosse ouvida, diretamente, pelos representantes dos órgãos presentes, bem como para permitir o diálogo entre os diversos atores envolvidos. Os casos concretos, que englobam os diversos territórios da Bahia, serão encaminhados aos respectivos entes com atribuição para que tenham ciência, investiguem os fatos relatados e promovam as medidas cabíveis”, afirmou.
* Estagiário de Jornalismo sob supervisão de Maiama Cardoso (MTBa 2335)
Discussão sobre post