Após não ter gravado inserções partidárias para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), a primeira-dama Michelle Bolsonaro sinalizou, nesta semana, que entrará oficialmente, a partir de agosto, na campanha de reeleição à presidência.
Segundo relatos de interlocutores, o aceno teria sido feito na última quarta-feira (13), em conversa com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador-geral da campanha à reeleição.
Em junho, havia a expectativa de que a primeira-dama participasse das inserções televisivas do partido. Ela, no entanto, teve um desconforto e acabou não gravando as propagandas da legenda.
Agora, recuperada, a primeira-dama teria se mostrado disposta a gravar inserções partidárias e cumprir calendário de viagens pelo país. A ideia é que, na companhia da ex-ministra Damares Alves, ela cumpra agenda própria.
Neste momento, o foco da campanha de Bolsonaro está no Nordeste e o Sudeste, onde estão os maiores colégios eleitorais do país e onde o presidente precisa alavancar a sua popularidade para garantir que a disputa eleitoral seja definida no segundo turno.
O diagnóstico é que, além da atração do voto feminino, a primeira-dama pode ser uma espécie de porta-voz da campanha à reeleição junto ao movimento evangélico. O cálculo feito é que 80% das brasileiras são cristãs, ou seja, católicas ou evangélicas.
Em conversa da primeira-dama com a equipe de campanha, foi feita uma espécie de pente-fino de iniciativas do governo para o público feminino que podem ser exploradas pela candidatura à reeleição.
Na lista, há, por exemplo, operações policiais contra agressores de mulheres, aumento das patrulhas da Maria da Penha, plano nacional de enfrentamento ao feminicídio e entrega de casas populares e títulos fundiários para chefes de famílias.
Michelle não é vinculada diretamente à política. Ela, contudo, se filiou ao PL, partido de Bolsonaro, para participar de sua campanha. A avaliação de aliados do presidente é de que, além de ajudar a melhorar a imagem negativa do presidente junto ao eleitorado feminino, ela pode reduzir a rejeição no eleitorado em geral.
*Com informações da CNN Brasil
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