Localizado no semiárido baiano, próximo a Campo Formoso, numa região que foi primitivamente habitada pelos índios Paiaiá, o município de Antônio Gonçalves começa a se destacar na produção de abacaxi (do tupi iuaka’ti, que significa fruta cheirosa), e entra na lista de grandes produtores dessa cultura, ao lado dos municípios de Itaberaba – responsável por mais de 50% da produção do estado –, Umburanas, Macajuba, e Boa Vista de Tupim. Cultivada por cerca de 50 famílias de agricultores familiares, mais de três milhões de pés de abacaxi frutificam no Assentamento Novo Maranhão, no povoado que tem o mesmo nome.
Em visita à União dos Municípios da Bahia (UPB), nesta segunda-feira (6), a vice-prefeita de Antônio Gonçalves, Irene Costa, e o superintendente de Agricultura e Meio Ambiente, Roberval Bastos, informaram que a produção de abacaxi no município vai alavancar a economia da região. “Temos certeza que essa cultura vai prosperar e contribuir para melhorar a vida da população do município, calculada hoje em 12.100 pessoas”. Eles disseram que, com o apoio do prefeito Djalma Freitas, mais conhecido como Dudu, a ideia é industrializar a produção, gerando mais empregos e renda.
Irene Costa destacou ainda que o município precisa de apoio governamental para melhorar e ampliar a infraestrutura, principalmente com relação às estradas vicinais. “Temos que criar melhores condições para escoar a produção agrícola”, afirmou durante a visita à UPB para assinatura do Termo de Adesão ao Fórum Estadual de Gestores da Agricultura.
Essa realidade foi vista in loco por uma equipe da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, e Serviço de Apoio a Agricultura Familiar (Car/Setaf), de Senhor do Bonfim, que visitou a região, verificou o potencial e sentiu o entusiasmo dos produtores, que já estão organizados em associação. Entre os assuntos debatidos com os técnicos da Car/Setaf, os produtores reivindicaram a implantação de uma agroindústria para verticalizar a produção.
O prefeito Dudu também acompanha o trabalho de perto e já se comprometeu em fortalecer a comunidade com intervenções do poder público municipal, a exemplo de viabilizar assistência técnica.
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