
Ao menos três deputados estaduais já pediram autorização ao presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), com o objetivo de apresentar uma proposta de emenda à Constituição que abriria caminho para que o comandante da Casa concorra a um terceiro mandato, em fevereiro de 2025.
Conforme apuração do Toda Bahia, Adolfo teria dito aos aliados que não é o momento e que a questão precisa ainda ser amadurecida. Em tom de brincadeira, embora esteja considerando a possibilidade bem a sério, o presidente disse esta semana a jornalistas que só tentará uma segunda reeleição se tiver o apoio dos demais 62 colegas na Assembleia – com ele, são 63 cadeiras.
Atualmente, a Constituição baiana impede a reeleição numa mesma legislatura, como seria o caso. Adolfo foi reeleito em fevereiro deste ano, só que com uma Assembleia que saiu das urnas no pleito de 2022, o que é permitido.
Essa limitação não existia até uma emenda constitucional aprovada na Assembleia promulgada em 2017 pelo então presidente e atual senador Ângelo Coronel (PSD), o mesmo que lançou recentemente a ideia de um terceiro mandato consecutivo de Adolfo. Antes disso, outro ex-presidente da Casa, Marcelo Nilo (Republicanos), ficou dez anos no comando do Legislativo estadual.
Entre os maiores defensores de um terceiro mandato para Adolfo estão os deputados Nelson Leal (PP), Ângelo Coronel Filho (PSD) e Marcelinho Veiga (União). Entretanto, mesmo que encontre viabilidade política para levar a ideia adiante, o que dependeria também do apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), o atual presidente ainda poderá enfrentar problemas no Supremo Tribunal Federal (STF), que já decidiu que a reeleição numa mesma legislatura inconstitucional, estabelecendo um marco temporal que não favorece Adolfo.
Na próxima segunda-feira (18), a bancada de oposição deve tratar, entre outros temas, da reeleição na Assembleia em um almoço com o prefeito Bruno Reis (União). Mas nenhuma decisão deve sair sobre essa questão, que não é considerada prioritária pela maioria dos parlamentares do bloco. Outros temas do encontro serão a eleição para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), na vaga que será aberta em dezembro com a aposentadoria do conselheiro Fernando Vita, e o alinhamento do discurso contra o governo petista.
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